Algo do ar me adentra e dita o humor do mundo ali dentro.
Os próximos passos são duros, decididos, quase sei o que fazer.
Quase longe a luz, por vezes amarelada, do seu quarto me mostra até onde caminhar.
No meio desse caminho, viro a cabeça apenas uma vez me perguntando, por algumas frações de segundos, o que fazer para comer.
Quando chego no quarto me deparo com sua presença, um sorriso e um "como vai".
Depois de algum tempo isso é confortante.
As vezes sou eu que venho e sento na ponta da cama e respiro fundo olhando, sem ver, a tela do seu computador, conversando coisinhas, fazendo brincadeirinhas com toda grandeza que esses diminutivos podem conter.
Nossos momentos.
E então, em alguns dias chuvosos, de neblina mais densa, outras coisas acontecem.
Completamente avesso a esse mundo, mas ao mesmo tempo, tão parte disso tudo isso faz.
Você já não dá bom dia e respira fundo bem antes que eu.
Ou então sou eu, que viro a cabeça mais uma vez, só que desta vez pra fora.
E sem saber agora, urgentemente, procuramos novas formas de resolver os mesmos quebra-cabeças.
Ultimamente temos perdido a última peça.
Harmonia é o equilíbrio das tensões.