6 de novembro de 2011

Possibilidades

Me pego em uma lembrança que não existe, em algum lugar entre o futuro e a possibilidade.
Em uma cama grande, ao lado de uma janela, luz branca do nublado, vento salgado e úmido pelo quarto.
Vento da tarde e arrepio, um pouco de frio. Eu sei que eu rio, baixo.
Virando o rosto pra olhar, um sorriso particularmente peculiar de alguém que brinca de brincar.
As pontas dos dedos procuram outras pontas soltas pelo branco desse tear
de sonhos e possibilidade e futuros e nada mais.
Me pego em uma lembrança que não existe, em algum sorriso, algum quarto em qualquer lugar.

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